O Peixe Lambari é a “sardinha de água doce”, natural de águas brasileira e que tem escamas. Também pode ser encontrado no Nordeste do Brasil como piava ou piaba e no Norte como matupiris. Já nas regiões do Sudeste e do Centro-Oeste, os animais são conhecidos como lambaris do sul. Sendo assim, em primeiro lugar é interessante explicar o seguinte ponto: O termo “lambari” não representa somente uma espécie de peixe, mas sim, várias espécies que pertencem ao gênero Astyanax. Portanto, com o seu corpo alongado, este animal conta com um bom comprimento e uma boca pequena em forma de ventosa. E embora os peixes da espécie sejam pequenos, ou seja, dificilmente ultrapassam os 10 cm, os animais são robustos e muito vorazes.
Por outro lado, quanto à coloração deste peixe, entenda que o bicho tem um corpo prateado, porém as suas nadadeiras têm cores que variam conforme a espécie. Deste modo, alguns lambaris possuem nadadeiras amarelas, outros peixes, vermelhas e os demais têm nadadeiras pretas. Por exemplo, a maior espécie já encontrada do peixe Lambari, tem como nome vulgar o lambari-guaçu (Astianax rutilus) e alcança os 30 cm. Mas, o interessante desta espécie é que os peixes são prateados, com o dorso preto e um círculo avermelhado em torno dos olhos. Por ter o rabo avermelhado, é comum encontrar locais em que as pessoas chamem o peixe de lambari do rabo vermelho. Portanto, o lambari vale no mercado de peixes ornamentais por conta da coloração. Mas o seu valor depende é claro, da variedade de sua cor.
Reprodução do peixe Lambari O peixe Lambari tem o título de ser do grupo das espécies mais prolíferas da natureza. Dessa forma, a sua reprodução se inicia na primavera com o começo das chuvas.
E com isso, os peixes têm o costume de desovar em poças de água que ficam nas margens dos rios. Alimentação O peixe Lambari é um animal onívoro. Isso significa que o bicho come de tudo, desde a matéria vegetal até os animais. Deste modo, os crustáceos, insetos, algas, flores, frutos e sementes são apenas alguns exemplos daquilo que faz parte de sua alimentação. Nesse sentido, cabe citar que o lambari é considerado o maior predador dos rios porque ele tem o hábito de devorar a desova de outras espécies de maior porte. Entretanto, ao se desenvolver e engordar comendo as larvas de outros peixes, ele se torna um algo das espécies maiores. E é daí que nasce a ideia de usar os lambaris como iscas naturais para a captura de outras espécies como a Corvina. Curiosidades A primeira grande curiosidade é que o peixe lambari possui inúmeros nomes populares e chega a atingir quatrocentas espécies. À vista disso, quando se trata de registro científico, nem todas as espécies puderam ser reconhecidas adequadamente.
E com o passar dos anos, os pesquisadores encontram novas espécies de lambaris e o que os diferencia, são diversas características como a coloração e o comportamento. Por exemplo, pesquisadores da Universidade de São Paulo que atuam no Museu de Zoologia (MZ-USP), descobriram a existência de uma nova espécie de lambari nomeada como Hyphessobrycon myrmex. Dessa forma, o seu grande diferencial seria o dicromatismo sexual, ou seja, os machos são de cor vermelho-alaranjada escura, enquanto as fêmeas são amarelas. Por isso, dicromatismo sexual significa que apesar de serem da mesma espécie, machos e fêmeas apresentam uma cor diferente, além de contarem com uma visão bastante desenvolvida. Portanto, lembre-se de que encontrar lambaris com coloração e características distintas, é algo muito comum. Além disso, uma curiosidade importante é que o lambari geralmente é o primeiro peixe fisgado pela maioria dos brasileiros que começam a praticar a pesca esportiva. E isso ocorre porque os peixes são muitos e estão espalhados em todo o país. Finalmente, entenda que esta espécie costuma viver apenas 3 anos.